O AMOR EM MIM...
Sou um rio subterrâneo
A desbravar suas entranhas
E minhas vontades são tamanhas
Pois tudo em ti é contemporâneo
Sou museu do há de vir
E filho de sua consciência
Aquilo que ainda irá existir
Dentro dessa transparência
Sou um segundo em seu tempo
Mas parte de sua eternidade
Segundos de contratempo
Em seu todo sou uma unidade
Sou o carinho da tristeza
A estratégia adormecida
O estigma da certeza
E a esperança carcomida
Sou a calmaria na celeuma
E o ar que forma o vento
Do amor eu sou a fleuma
E ter você é meu intento
LEILSON LEÃO