Desculpa

Rubra a minha face

desejosa de esconder-se, sem pranto

parece obscena pois feliz, no entanto,

acende-se na inquietude da tua chegada.

Latente, a alegria fere-se no pranto

e o medo insinua-se.

Uma adaga na cabeça

Refletida no olhar molhado

pela sutil palavra cortante.

Pois que machucar a’lma seria dom?

In_voluntário, na tarde transgressora

Feri-te por não saber do amor todo o encanto.

Ousado, seria, dizer-te no entanto

que a mim, feri bem mais

e te suplico uma desculpa, tola,

inda que brote das sendas do amor.

FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 16/12/2009
Reeditado em 16/12/2009
Código do texto: T1980669
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