DOCE SINTONIA
Meu peito andava descompassado
Sem rumo, sem saber onde chegar
Preso a tantas linhas; embaraçado
Sem condição de seguir o caminhar
Cansado pensou até em desistir
Parou um pouco pra olhar pra trás
Pensou que não adiantava insistir
Pois, amar de novo, seria incapaz
Eis que lhe soprou um novo vento
Tão morno que serviu-lhe de alento
E devolveu ao peito meu a harmonia
Hoje vejo rindo de contentamento
Dois corações, repletos em alegria:
Que pulsam na mais doce sintonia..
(Lena Ferreira)