A um certo poeta dengoso

Dengoso ao falar
Dengo puro no olhar
Pede por carinho
Sussurrando ao invés de falar
Geme como um gato que pede
Fareja e se roça  para alcançar
Deixa a musa inebriada de prazer
Que se enlouquece e
não para de gritar: 
"vem dengoso, vem meu doce Uári
Geme em meus ouvidos
Me hipnotiza
Me excita
vem me amar...!"