Maresia

Já escureceu,

Meu verso vem à tona onipresente, onipotente,

Trazendo na essência o prosaico lamentar

Da gota que cala na terra germinando a flor,

Molhando teu corpo vestido marfim!

A chuva parou,

O luar já beija o mar te enfeitando em furor,

Desvendando no vagido o estreitar da paixão,

O gesto insano escorrendo enquanto

A seda desliza, te deixando ávida ao movimento em sol!

A onda invade a areia,

Teu grito ecoa nas pedras afinando o desejo

De navegar entre as balsâmicas chamas

Ardendo em valsares íntimos ao coração,

Etéreos ao conjugar das almas!

Meu silêncio

É divagar do teu êxtase soberbo,

Entrelaçando-se em ósculos

Meigos a madrugada que se ascende

Ao luau de todo sentimento!

Auber Fioravante Júnior

12/12/2009

Porto Alegre - RS