Amor.... Morte....Solidão...
Os medos e dúvidas imperam em mim
Pergunto-me sufocada num soluço
Até por quanto mais vamos viver assim.
A base de sussurros e poemas escondidos
De amores indefinidos que nem o tempo consegue explicar...
Lembranças dançando a luz de velas
Remotam tempos antigos
Quando um amor era infinito e tudo era belo...
Que Deus nos proteja do inverno
Da distância e do fim...
Que feridas não venha à tona e não ardam no meio do nada
Lembrando deste amor que um dia veio
Que se foi por um receio e que agora mendinga por ai.
Perdido.....Só.....
Amor abandonado...
Cultivado do modo errado.....
Chutado de escanteio
Por medos e devaneios
Que não sei porque, não tentam resgata-lo.
Que os espiritos da saudade
Tenham de nós piedade
Nesta guerra que vai começar...
Vejo a dor e o arrependimento
Saindo pra nos caçar
Nos matar pouco a pouco
No inverno que vai perdurar.
Sonhos indescentes dançam por entre agente
Nas noites finais de verão
Onde por fim bate nosso coração
Sonhos cruéis, cheios de paixão
Com lembranças de beijos
De afagos e desejos
Ardendo mais com a solidão.
Berro a realidade,
Machucada de saudade
Infeliz verdade
Tudo esta no chão....
Junto os cacos perdida no vazio de mim
Perguntando-me onde está você por ai
O ciume cavando minha ferida
O transtorno preparando-se para nossa briga
Que sabes, ja está vencida.
O vento rugi mais forte
Falando teu nome em meu ouvido
Pergutando-me se esse amor é correspondido
Por você em algum lugar.
Chama-me de fraca, vê minhas lagrimas a rolar
Diz pra mim me recolher, voltar para meus trapos
Trará algo para eu beber
Mas jamais será o nécta que perdi
O doce sabor da felicidade
Que eu encontrava em teus lábios com vontade,
Agora minha fonte secou...
Ainda pergunto-me, como criança amedrontada
Se esse amor chegou ao fim?
Será que corre por ai em busca de um novo mar ?
Meu amor cruel e infinito
Que dos meus dias fez mais bonito
As palavras que pra mim falou
Quando dizes que me amou
Verdade ou não
Encheram-me de emoção
Sinto inveja de mim mesma
Quando olho as fotos da estante
Pergunto-me onde estão aqueles olhos marcantes
Que só quando estive apaixonada pude ver.
Hoje quando olho-me no espelho não posso me reconhecer.
Um dia eu amei, hoje estou desabando.
Acredito então nos meus sonhos mais felizes
Nas palavras inexistentes que falo para mim
Esperando que um dia
Estaremos juntos novamente
Então deste amor não estarei mais doente
É cruel viver assim...