FALANDO DE AMOR
Gosto muito que me falem de amor,
mas não sei o porquê,
cada vez que me falam de amor
sinto enorme vontade de rir,
pois sempre aliam a expressão “SE”,
deixando o sentimento se diluir.
“Se me oferecer o que quero amarei.”
“Se fizer o que desejo darei amor.”
Assim condicionado fica esse sentir.
Nas almas penadas em corpos podres
não há espaço para nenhum calor,
sempre imanente em quem sabe amar.
“Ainda que eu tenha os exércitos do mundo,
se não tiver amor nada serei!”
Ensinamento que de Tarso provém
e que bem dimensiona o sentimento REI.
Amor encerra sentido profundo,
distante dos profanos que amor não detêm.
Sigo gostando que de amor me falem,
porém sem compromisso de não sorrir.
Seja porque o equívoco se repete,
seja porque sinto a compreensão evoluir,
já que a definição a mim não compete,
pois vejo “anjos” interesseiros e “demônios” a definir.
Em: 14/12/2009