Era Noite

ERA NOITE

E a minha porta bateu de leve,

Deu passagem para o visitante noturno

E uma rajada de vento suave.

Ergo o rosto pra um beijo cálido e oportuno,

Nos olhos entrevejo uma promessa a sorrir,

Sei que depois do prazer irás partir...

Me iludo como uma criança carente

Que sabe que a saudade em fim se sente,

Mas insiste em provocar um brinquedo,

Inusitado e sutil como um segredo.

Nosso amor, tão leal e legal,

Se faz irreal, ilegal,

Pois chegas sempre tarde do trabalho,

Sempre com isto me atrapalho...

Sei que vens depois que as crianças dormem,

E elas dormem a perguntar por ti, e sé é feriado,

E quando chegas o enfado e tristeza somem,

Dando lugar a minha fome e dormes ao meu lado.

Ainda te vejo cansado, olhar triste do correr diário

Chega logo nosso descanso esperado, amanhã já é sábado

E sabes que és amado,

E já não tens mais horário...

Era noite quando te senti chegar,

O vento leve que entrou contigo,

Mexeu de leve comigo,

É sempre uma promessa de amar...

Elisabeth Lorena

Elisabeth Lorena Alves
Enviado por Elisabeth Lorena Alves em 13/12/2009
Código do texto: T1976597
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