Amor feito de saudades ...
Ela olhava o mar
bem lá longe,
mas eu nem
estava lá,
porque o
meu lugar
era apenas
aqui...na
terrinha...
Seus olhos agora
viviam de
saudades,
e repousavam
no azul do mar.
Eram todas
pensamentos,
enquanto que
de canudinho
ela sorvia
lentamente
uma rica
água de côco...
Hoje eu a olhava
talvez com
olhos mais atentos
pois seu corte de
cabelo agora
estava bem
curtinho
e lhe assentava
tão bem que
nem parecia
seus cabelos,
mas uma
linda moldura
que lhe
enfeitava
com discrição
e bom gosto
esse seu belo
rosto praiano
onde seus
olhos escuros
se escondiam
da forte
claridade,
bem detrás
de um elegante
óculos de sol...
Hum...nunca lhe
havia visto
assim tão bonita
e tudo o que via
em seu jeito
era jeitosinho,
mas nunca
havia percebido
que na realidade
ela estava
neste momento
mostrando com
seu porte
elegante
uma nova
dimensão para
meu próprio
olhar...
Hum...ela estava
se cuidando
mesmo...
Uma brisa passou
fresquinha
movendo nossos
cabelos...
Ela estava tão
entretida com
seu côco que
nem me via...
Ela só olhava
para o mar azul
que hoje
amanhecera
num puro sol
de verão...
mas não ainda
tão quente,
pois não estávamos
em Janeiro.
Estávamos no
prezinho do verão,
que logo chegaria
cáustico
queimando nossas
peles até
escurecê-las como
açúcar mascavo....
Ainda não tínhamos
falado uma palavra
que fosse...
Ela com saudade
de alguém...
lá do outro lado,
desse mar azul,
e eu com saudade
dela, minha linda
Lee, tão pertinho
que só me dava
vontade de ficar
juntinho...
E eu sabia que
ela adorava ficar
juntinho...ser
acarinhada e
sentir-se mais
amada do que
apenas
entregue a
paixões
vulcânicas...
Ela gostava de
separar o amor
carnal daquele
amor mais puro
que resulta em
companheirismo
e cumplicidade.
Por isso, sempre
havia entre
nós os momentos
certos para
cada tendência...
Mas quando era
para ser paixão
hum...era mesmo
para valer
e eu sabia tudo
o que ela gostava
e ela sabia tudo
o que eu gostava...
E era justo por isso
que nós nos
gostávamos de
verdade...
Não cobrávamos
nada um do outro,
porque nem
era preciso...
Agora a água do
côco terminara...
e repousava
esquecido sobre
a mesa da praia,
como se fosse um
ovo ancestral
de um sexossáurio,
por exemplo...
Hum...era hora
de ir embora...
Ela para sua casa
e eu para a minha.
Não estávamos
mais juntos como
antes...
Ela agora vivia
uma outra paixão
e eu deixara
de repente
de ser namorado
para apenas amigo.
E isso porque
fomos nos afastando
naturalmente
como folhas que
vão sendo levadas
pelo vento...
e que vão parar
repentinamente
em lados diferentes...
Mas continuamos
folhinhas...
que o vento
sem querer
uma vez ou outra
vem e junta...
Tudo para ficarmos
juntinhos...
e matar as saudades
daqueles ventos
fortes...
Hum...e que fortes !!!
Verdade Lee ?
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Autor: Cássio Seagull
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Poesia que fiz em 11-12-09 às 15 h em SP
Lua minguante – encoberto – 26 graus
Beijos e abraços para você...Bom sábado... [love]
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