O infinito de um sol amarelo

Sóo podemos deixar um lugar quando amamos esse lugar

amar é enxergar

enxergo minha cidade cheia de vales

e muitos enganos

aos poucos os buracos se fecham

Não porque alguém os tenham consertado

simplesmente nao os percebo mais

e de tao tristes e sozinhos

eles vao embora

numa jangada qualquer

Em busca do infinito de um sol amarelo

já estou há muito tempo nesse vilarejo

pobre

pobre de tanta pobreza

um quadro inventado explicaria melhor

o amor é mesmo estranho

quando decido amar algo

olha que de repente

percebo que posso deixa-lo

Ela acha que não me amou

Na verdade ela nao entende nada de sol amarelo

e jangada ao mar

seu sol ainda é noite

e sua jangada

pesada espera um suspiro metereológico

amou sim

amou tanto que não consegue partir

quando sol aceitar-se sol

os ventos serão ventos

e a jangada será mar...

e uma musica quente e derramada dancará em torno de sua cintura

amou-me

como o sol ama o amarelo

como o verde ama o verde

flor a primavera

e a festa a quem dança

amou-me como o som ama o silencio (pois assim ele se torna musica)

mas tem a duvida

o duvida que separa minhas malas

minhas passagens

e interrompe a estrada

esse talvez é um entrave do tempo

o tempo parado se tornou eternidade

nao por um obra de Deus ou da fisica quantica

não!!!

por puro egoismo mesmo

o tempo parou porque nao se aceita desimportante

a final o tempo é imprescindivel pra vida

vai tempo se embora daqui!!!

vai embora diabo!!!

Não sou eu que não quero deixá-la

É ela que não quer partir.....

Nesse momento eles tomam café

os dois, ela e o tempo

um boteco perto de minha casa ....

Meu vilarejo ainda é bem bonito