NÃO SOU CULPADO
Não me pergunte o que eu fiz,
Não questione minha dor.
Não devo falar nem escrevo com giz,
Tudo que sinto por meu amor.
Porque tenho que pagar,
Se eu amei em silencio?
Porque tenho que chorar,
Se nunca revelei o que penso?
Sei que todos sabem quem eu amo,
Mesmo que eu nunca tenha dito.
Mesmo escondendo, vai transparecer,
No meu olhar está escrito.
Só não posso ser condenado,
Se seus lábios eu beijei,
Será que sou culpado,
Por anos que esse amor guardei?
Por favor, deixe-me em paz!
Com minha paixão sem fim...
Pois nada peço, embora exijo!
Que continues dentro de mim.
Então que culpa tenho eu,
por seu amor não ser perene,
e por eu lhe amar tanto, mulher?
Se merecer ser julgado,
por um amor que é meu e não seu?
Mas julgar é o que você quer...
e precisa encontrar um culpado...
Então aceito que me condene.
Escola do poeta/RJ - 10/2006
Direitos reservados ao autor