Chamando um Anjo.

São assim liquefeitos

Os desejos nas entranhas

Passeiam pelos defeitos

Conquistam belezas estranhas

Em míséria ficam transtornados

Em pureza despertam façanhas

Mas em corações que batem incertos

Encontram vontades estranhas

Então tornan-se fluidos

Viajantes em terras tamanhas

Que desabrigam na alma e coração

E se completam em vontades sinceras

Porém a deslida sorreteira insere

Nos corações fórmula bruxólica

E a mente distraida confere

Mas não associa com lógica

Finalmente o olhar se atrapalha

E marejada a certeza se despede

Em fuga explica-se em falha

Carregando tristeza pra sempre

Jamais saberá com certeza

Nem tampouco conhecerá toda a beleza

Sem finalmente se encontrar frente a frente.

Prefere comportar-se com estranheza

Certamente por estar sem referente.

Perdeu-se nas falas alheias

Que intensas martelaram os que mentem.

Deixando um coração ferido

E o outro coração pendente

Chamado foi um anjo para consertar

Desejo que haja urgente.