Utopia, amor

Não dá, simplesmente não dá

Viver sem você é impossível

Mesmo que eu nada saiba, sempre estou sabendo

Mesmo que eu não faça, sempre estou fazendo

Mesmo que eu não diga, sempre estou dizendo

Não há nexo, e na falta de entendimento, eu entendo.

Granizos estão caindo em pleno sol de verão

A chuva cai sobre o trem que parte rumo à outra estação

Desordenadas partes de um todo que não tem nada em comum, mas se encaixam

Cubos de gelo que degelam, mas que continuam a ser gelo mesmo que haja sal

Cascalhos que seriam obstáculos, mas que por estarmos na utopia, é tudo ornamental.

Olho para cima e vejo as flores, as árvores, a praia e o imenso mar

Olho para baixo e vejo-me nas nuvens e mais abaixo o universo forte a me segurar

Tudo escurece, começo a subir. Acho que estou flutuando, contudo percebo que é a lua que está me levando

Os cenários mudam, mas a história é sempre a mesma, tudo desordenado.

Nada diferente nada igual. Nada disperso do que se é normal

A história volta a ter a luz do sol, tudo com um brilho estranhamente natural

Vejo o mar em fúria prestes a desabar sobre mim, mas continuo caminhando sem medo de seguir

Vejo vilões me encarando, me espanto, estão todos a sorrir e quando olho para frente começo a cair.

A gravidade volta a existir, as nuvens tomam conta de tudo, começo a cair no fim do infinito do mundo.

Sinto o baque, acordo e me refaço. Sinto fortemente o meu corpo sendo apertado, e me vejo em meio a um forte e caloroso abraço

Lábios são sentidos tocando os meus, é miragem da realidade utópica

Ao abrir os olhos vejo-a vestida de azul e branco, toda vislumbrante

O amor é o entorno da felicidade esbaldando-se da água que o faz existir, que o faz ser o que há

Caem pétalas de flores dos céus, ainda estou andando nas nuvens, acompanhado, e neste mundo normalmente diferente, percebo que estou na realidade de saber o que é sonhar.

Luiz Aguinaldo
Enviado por Luiz Aguinaldo em 10/12/2009
Reeditado em 13/12/2009
Código do texto: T1970891
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