VISCERAL AMOR

Quando sou sombra governando sobre a luz

Algo me reduz sem fazer jus a tudo quanto me acrescenta

A dispersão que me concentra e a confusão que me traduz

São inércias a que propus na incompetência que me inventa!

Quando pérfido e nocauteado por tanta lealdade

E sou comum raridade no intuito mais despropositado

Um ingênuo culpado, forjado por concreta surrealidade

Eu sou a perversão da castidade, cuja moralidade é o pecado!

Quando liberto de marasmos guerrilheiros, decreto estado de sítio

Num realismo fictício em nome dessa paz pelejadora

Uma justiça infratora, alívio que enaltece o sacrifício

Eu sou coisa alguma de tudo isso, fixação arrebatadora!

Enquanto te perco sigo entendendo que sou infeliz ganhador

Caçado por meu eu caçador, doença que me salva da cura

Sol que me tranca em câmara escura, agrura alagada de esplendor

Contigo eu simplesmente sou - sem ti sou lucidez com disfarce loucura!

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Reinaldo Ribeiro O Poeta do Amor

www.reinaldoribeiro.net

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 09/12/2009
Reeditado em 27/11/2012
Código do texto: T1969059
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