VISCERAL AMOR
Quando sou sombra governando sobre a luz
Algo me reduz sem fazer jus a tudo quanto me acrescenta
A dispersão que me concentra e a confusão que me traduz
São inércias a que propus na incompetência que me inventa!
Quando pérfido e nocauteado por tanta lealdade
E sou comum raridade no intuito mais despropositado
Um ingênuo culpado, forjado por concreta surrealidade
Eu sou a perversão da castidade, cuja moralidade é o pecado!
Quando liberto de marasmos guerrilheiros, decreto estado de sítio
Num realismo fictício em nome dessa paz pelejadora
Uma justiça infratora, alívio que enaltece o sacrifício
Eu sou coisa alguma de tudo isso, fixação arrebatadora!
Enquanto te perco sigo entendendo que sou infeliz ganhador
Caçado por meu eu caçador, doença que me salva da cura
Sol que me tranca em câmara escura, agrura alagada de esplendor
Contigo eu simplesmente sou - sem ti sou lucidez com disfarce loucura!
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Reinaldo Ribeiro O Poeta do Amor
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