BELA QUIMERA
= Bela Quimera =
O meu coração se arrasta,
Faz rastros.
De amor ele brinca.
Em tamanho desigual
aos sonhos se entrega.
Sério, é o triste.
Concreto, é a solidão.
Faço do rastro uma trilha,
Margeio o seu coração.
Brinca, ri, vira cambalhota,
Não se importa
Se te chamarem de louco.
A água é livre, corre, contorna os obstáculos,
Sorri, gargalha nas cachoeiras,
Desliza na areia
Brinca pelo acidentado caminho.
Não se faz ferida.
Crédula, vai adiante.
A pedra é real; tem lá as suas belezas.
Estática, não apática.
Não chora, não lamenta.
Infeliz sorte,
também não sorri.
Não sou a água
Nem a pedra
A vida, eu vejo
com gosto.
Bela quimera.
Tonho Tavares
tonhotav@yahoo.com.br