BELA QUIMERA

= Bela Quimera =

O meu coração se arrasta,

Faz rastros.

De amor ele brinca.

Em tamanho desigual

aos sonhos se entrega.

Sério, é o triste.

Concreto, é a solidão.

Faço do rastro uma trilha,

Margeio o seu coração.

Brinca, ri, vira cambalhota,

Não se importa

Se te chamarem de louco.

A água é livre, corre, contorna os obstáculos,

Sorri, gargalha nas cachoeiras,

Desliza na areia

Brinca pelo acidentado caminho.

Não se faz ferida.

Crédula, vai adiante.

A pedra é real; tem lá as suas belezas.

Estática, não apática.

Não chora, não lamenta.

Infeliz sorte,

também não sorri.

Não sou a água

Nem a pedra

A vida, eu vejo

com gosto.

Bela quimera.

Tonho Tavares

tonhotav@yahoo.com.br

ANTÔNIO TAVARES
Enviado por ANTÔNIO TAVARES em 09/12/2009
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