Incapacidade
Pelas ruas molhadas pela chuva,
Gente passava apressada,
E eu estava só, unicamente só.
Tudo me era estranho vazio;
Perdi-me em pensamentos,
Eram vagos e sombrios,
Enquanto caminhava.
Para mim havia um encontro de detritos,
Poças d’água e pouco barulho...
E eu só, deprimido;
Vi-me largado no mundo.
Procurei controlar minhas mágoas,
Enfrentar a solidão e entender a vida.
Mas, tudo é ficção, utopia,
Nunca vencerei minhas barreiras,
Sou indeciso, fraco, talvez covarde.
São fatais minhas fadigas;
Meus complexos e meu senso de desprezo por tudo.
Quero mudar, viver, ser presente,
Mas, apenas encontro tropeços;
Nada mais que imensos tombos,
Grandiosos paredões que de tudo me fazem ausente.