Abismo interiores

Cavalgada de silêncio pelas noites vazias,

Sem ruídos, nem desejos,

Sem espera da mulher amada.

Este vazio silencioso me leva a loucura,

Tenho fome de paixão,

Sede de carinho.

Somente a fumaça que exala,

Em espirais dos cigarros

Tornam-se amigas,

Deliciosamente companheiras.

Perscruto, então, meu interior,

Vejo que sou só,

Desprovido de tudo, até mesmo do sono.

E você onde estará, onde andará?

Talvez rolando no leito em busca,

Numa procura sem fundamentos,

Pois seus rumos estão aqui,

Em minha rasura ideológica,

Mas, cheia de amor

Fui assim, feito de tudo,

Que é um nada neste mundo infiel,

Apenas imaginei me perdoe pela forma,

Vaga, talvez errônea que a coloquei.