MEU PRECONCEITO

A minha pele tinha a cor do preconceito.

Não era negra como os caboclos africanos;

Era negra da escuridão de minha mente.

A minha voz tinha um timbre rouco.

Rouco de um preconceito que me emudecia...

(Do meu vocabulário, a melhor palavra era o silêncio!)

Eu tinha sonhos camuflados,

Desejos renegados,

Saudades mal sentidas.

Sentia ódio dos apaixonados,

Duvidava da fé de todo o mundo;

Acreditava cegamente na perfeição do imperfeito...

Eu era assim:

Como um andarilho errante,

Acreditando merecer ter seguidores...

Até que ela segurou a minha mão,

Me acariciou a pele, beijou-me os lábios...

E tornou-se a menina dos meus olhos!!!

Mai Brasil
Enviado por Mai Brasil em 08/12/2009
Reeditado em 08/12/2009
Código do texto: T1966435
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