MÃE INCONDICIONAL
Não tem momentos nem pausas para descansos,
A garotinha pequena já demonstra querer ousar,
Pois é matriculada na escola para aprender,
E petulante a valentinha não aceita proteção,
Já se julgando auto-suficiente para tomar decisões,
Nem olhando a mãe protetora que não se afasta,
Até se sentir segura que agora é coadjuvante,
Pois no palco da vida sua filhinha agora é estrela,
E sorrindo feliz se afasta para novos afazeres.
É uma etapa que a mãe tem primordial importância,
Pois uma jóia preciosa está sendo transformada,
Aparando as arestas para retirar os estilhaços,
Que a artesã cuidadosa prepara com todo esmêro,
Pois uma obra de arte surgirá tão resplandescente,
Ao ver a garotinha crescer em sabedoria e encanto,
Mesmo que a teimosia seja uma natural constância,
Da criança que já se molda aos tempos modernos,
Só que o cólinho gostoso jamais deixa de pedir.
Uma adolescência rebelde já enfrenta lá na frente,
Pelos costumes que o amor de mãe só contemporiza,
Pois mudar conceitos é enfrentar só desavenças,
Restando então estar em constante vigilância,
Para evitar transtôrnos de condutas que nem deseja,
E seu carinho é sempre necessário nas turbulências,
Próprias de idades onde as dúvidas são tão constantes,
E seu cólinho ainda acolhe a filha nas incertezas,
Sabendo que ali um porto seguro naturalmente tem.
A avó tão necessária para ajudar até no parto,
É a mãe que muitas vezes chorou no seu silêncio,
E agora a filha clama para lhe amparar até na dor,
Pois não tem preparo para enfrentar a maternidade,
Diante das recusas de quem oferecia experiências,
Mas que agora no nascimento da criança é necessário,
Até para saber amamentar quem nasceu com fome,
Só que num momento tão sublime de gerar uma vida,
Tudo se esquece e o cólinho de mãe ainda pede.
05-12-2009