O Amor e as Bolas de Sabão
Não me perguntes porquê
Sempre gostei de as ver
Flutuando e subindo os céus
Sempre as desejei ter
As Bolas de Sabão
São mágicas e harmoniosas
Refletem na luz o arco-iris
Têm brilho e são amistosas
Transportam sonhos tão ilusórios
As Bolas de Sabão
Adoro-as desde criança
E ainda hoje ao vê-las
Lembro com saudade
Como o vento as embalava
Na sua fragilidade tão nobre
As Bolas de Sabão
Vejo-as em Ti na imensidão do seu vôo
Na beleza, na fragilidade, no medo
Vejo-as em Ti no amor que lhes dedico
E que sempre encerrei em mim
Aquele que sempre lhes vou dedicar
Quando vir uma criança por elas chamar
Quando elas se libertarem
Sorrirem e para mim olharem
Dizendo estamos aqui a voar para Ti
As Bolas de Sabão
Chega a ser engraçado
Eu ainda gostar de olhar para elas
A forma como ainda hoje me enfeitiçam
Fazendo-me virar o olhar
Temo ter ficado presa a elas eternamente
Às minhas tão queridas
Bolas de Sabão
E é assim que penso em Ti
Como algo que nunca esqueci
Nem com a marca do tempo
Nem com a maturidade
Algo que ficou em mim
Como as Bolas de Sabão