TU...
És a brisa morna
do meu verão
sem sol,
és a chuva refrescante
dos meus dias
de mormaço.
Tu encarnaste minha natureza...
És a pergunta sem resposta
dos meus instantes
de silêncio,
és o enígma indecifrável
da minha mente
cansada.
O esforço me esgota...
És a corrente sólida
da minha liberdade
algemada,
és o vôo célere
da minha prisão
aberta.
Sou escrava liberta...
És o espírito firme
da minha carne
fraca,
és o corpo pecador
dos meus prazeres
puros.
Céu e inferno se intercalam...
És a bebida que entorpece
meus sentidos
alertas,
és o vento que desperta
meu desejo
insatisfeito.
Tu dominas meus domínios...
És a equação exata
das minhas ilusões
somadas,
és o amor multiplicado
dos meus sonhos
reais.
Diminuiste minha solidão...