Mentira
Meu coração entregou-se a ti
Sem ao menos saber se querias
Entregou-se em sonho e alma
Na luz que acende os meus dias
Entregou-se nas noites frias
Nas noites insones, febris
Onde o desejo fremente
Mentia em ondas sutis
Meu coração entregou-se a ti
No momento em que a solidão
Guardava os meus sentimentos
Do sonho encantador da paixão
Entregou-se com fúria e delírio
Revelou-se em fervor e brasa
Brincou com a saudade fingida
Brincou com a dor que extravasa
Agora ficaram os momentos
Que nem sequer existiram
Ficaram a dor e a saudade
Que não brincaram, mentiram!