Viajem, entendimento

Vagamente as fumaças tomavam conta do meu pensamento.

Ela tinha forma, tinha cor, tinha movimento.

Segurei a respiração e comecei a viajar.

Fui pra França, na ilustre Paris,

Passei pela Torre Eiffel e vi o Arco do Triunfo.

Fui pra Espanha, na histórica Madri,

Em meio às touradas, o Museu do Prado.

Fui para Itália, na vislumbrante Roma,

Em meio às maravilhas do Pantheon, o Coliseu.

Fui a Portugal visitar parentes distantes,

Do Castelo de São Jorge, vi a Torre de Belém.

Fui à Alemanha visitar Munique,

E em meio ao castelo Schloss Schleissheim, apreciei o enorme jardim de Englischer Garten.

Fui pra Holanda, passando por Amsterdã,

Visitei o Museu Van Gogh, e flutuei nas telas pintadas a punho por poetas com tintas.

Fui parar na Inglaterra, Londres, linda Londres,

A rainha Elisabeth II me recebeu com sorrisos e lágrimas,

Eu ainda portando um algo diferente dentro de mim,

Ela me saudava dizendo: “With most of the beauties was presented, take her to see London and then go home and make her happy”. Foram palavras tão singelas que me comoveram e assim eu fiz.

Passei pelo Big Ben, visitei o Museu de Londres, mas antes de ir embora fui ao Stonehenge, sentei na grama, olhei para o céu e desenhei nas nuvens o nome do maior presente que um homem pode receber.

Enquanto ia flutuando em pensamentos as nuvens baixaram e vieram para perto de mim, se fizeram em forma, cor e movimento. Prendi a respiração e deixei de viajar.

O fogo ardia perto do meu corpo. Então sem mais pensar em tudo o que fiz em minha vida com ela e não ter conseguido ver-me sem ela nessa longa viajem, entrei na casa em chamas.

Ela gritava de medo, assim como os anjos que estavam ao seu lado (os nossos anjos). Peguei-os. E enfrentando as chamas e a casa desabando salvei-os.

Enfim, depois de chegar da viajem que de novo se fazia com ela, descobri que poderei passar pelos mais belos lugares, conversar com as mais importantes pessoas para o mundo, porém jamais serei feliz vendo-a em apuros e não poder protegê-la em meus braços das chamas malfeitoras da vida.

Você deve estar se perguntando agora no final da história, o que escrevi naquelas nuvens deitado nas gramas do Stonehenge, então eu lhes direi.

Nas nuvens escrevemos os nossos sonhos que um dia podem ir assim como elas se vão, mas aquelas nuvens vieram até mim com as palavras cravadas: “ Eu tenho um amor de verdade: Natália Aline de Andrade.”

Luiz Aguinaldo
Enviado por Luiz Aguinaldo em 03/12/2009
Reeditado em 04/12/2009
Código do texto: T1958617
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