ATÔNITO
O homem seduz e a mulher conduz
Os sentimentos que a paixão produz
A ferida expõe o segredo da sua dor
Onde buscar guarida, no seu amor?
Por ousadia construiu seu reinado
Logo no peito que ardia predestinado
Na vangloria de um amor ardente
Imaginando sentir o que não se sente.
Fantasiando ter aquilo que queria
Guardando seus sonhos onde via
Nas aventuras de seus desejos
Nas manhas de seus perdidos beijos.
O amor dá as assas que Ícaro derrete
Sem saber voar no fogo do sol ardente
A angústia que pesa é o próprio grito
Abrindo a fenda no peito do ser atônito.
SSABA 20/10/2009