Os olhos do lenço
Hoje eu apanhei teu lenço,
cheio do teu choro,
longe do teu lindo olhar de antes,
perto de nós.
É como se te fosse proibido chorar
e eu sorrisse por ti,
desaguando o que eu já nem mais sinto triste.
Ele preservou a tua dor
e o seu tecido nem sequer zombou
porque vive esse teu choro há muitos anos.
Chora de novo em meu ombro
e diz que o teu amor não morreu
e que tu és minha e eu sou teu
como se o nosso amor habitasse entre nós,
assim tão perto, assim tão longe.