TE AMO E NÃO TEM JEITO

De que me importa tudo que sei se tu és a mais esclarecedora incógnita?

De que me importa fechar o coração e a porta se tu já moras dentro em mim?

Qual o valor de se estabelecer um fim para uma partida que sempre volta?

O que eu ganho se disser que não me importas se cada pedaço meu é teu inteiro enfim?

De que adianta tornar-me surdo se até o meu silêncio grita por teu nome?

Como extinguir o que me consome se a cada cinza ao léu surgem novas labaredas?

Qual o valor de alterar minhas veredas se de ti meu coração não se esconde?

Pra quê fugir pro mar ou alto monte se estás comigo seja onde for que eu esteja?

De que adianta negar que eu te amo se o meu olhar me contradiz?

Como fazer o que sem ti não fiz se em cada ato meu estás assinalada?

Pra quê negar a cama abarrotada se a tua marca tatuada nela é o que me faz feliz?

Pra quê fugir a tudo que eu quis se até num sonho infeliz tu és a minha amada?

Qual a razão de estancar os versos que te exaltam como musa?

Se já não há argumentos ou escusa e se desconheço outra silhueta além da tua?

Pra quê buscar outra diva nua, pra quê banhar-me noutra chuva?

Se até a minha luz nasce confusa quando a manhã não te insinua?

Não adianta fingir que te esqueci porque de mim não há o que te possa arrancar;

Perda de tempo há de ser negar, inútil passo é tentar te prescindir;

Se chorar ou se sorrir, se me reconstruir ou se sangrar;

Eu não consigo não te amar e até mesmo me tocar igual será a te sentir!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 02/12/2009
Reeditado em 02/12/2009
Código do texto: T1955918
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