O entrelaçar dos braços

Quase tudo nos devidos lugares:

as revistas, os CD's, os DVD's, as capas de vinil,

a colcha esticada, a cozinha arrumada

a casa pintada,

até a roupa lavada e aquela geral no quintal,

cujos galhos secos recolhidos,

a impressão que dá é que agora estamos nos reconhecendo

no espaço, no cardápio,

no abraço

no aconchego do entrelaçar dos braços e abraço na hora de dormir,

as mãos que se unem,

no amor que a gente faz,

há uma conspiração no ar.

O tempo está contribuindo, de manhã abre um sol esplêndido,

e a noite o orvalho serena saudosamente entre flores amarelas

há os que tentam e arquitetam

e até os que desdenham

mas há o encontro depois do desencontro,

o desequilíbrio dos tendões, a insanidade das línguas,

o encontro dos poros suados...

Tudo limpo, tudo em pratos limpos,

tudo mágico

o cheiro, o vestido rosa

e as calcinhas novas...

Lu Maximo
Enviado por Lu Maximo em 01/12/2009
Código do texto: T1955410
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