ÚLTIMA ROSA

Onde os ventos sopram

as cinzas sobradas da lua

e os cães uivam a solidão

dos viajantes mortos

e a última rosa antes da catástofe

veste o cio da égua

eu retiro da tumba do faraó

que permanece rindo

a moeda que selou a irmandade

dos loucos, pelos oceanos afora

As linhas na areia apontam

proximidades desfavoráveis

Criaturas estranhas se comunicam

pela pintura na pele, pelos gestos

e pelas pedras: desligue o motor

-abandone o emprego,

chame ladrões e mendigos,

o céu está baixo demais

para que perdure a paz,

cavalos veementes trazem

armas e armaduras metatrônicas

e a louca aventura inicia

sorrindo estrelas pela noite