PREFERÍVEL

Sois filha da selva!

Tão celeste candura.

Na teia dual, tenaz criatura.

Em vejo há dúvida: nuvens ou relva

Qual ninfa encantada

De anjo vestida.

Fitais os espaço, no vão ar perdida!

Serás ser pagão ou aura sagrada?

Angélica graça, semeias doçura.

Em sóbria beleza estás escondida.

O olhar pueril na face mantida...

Oh máscara escarlate! Tece a urdidura.

Sedenta floresta, pairam os mortais.

Nos ritos terrenos, saborosos vinhos!

Louvam nas essências os velados hinos

Espírito e carne, meros votos letais.

Caminhos cruzados, de ti a escolha.

Se anjo ou selvagem, serás a razão.

Sensível ou cruel, cética decisão.

Que pese e pondere... pois longe... a ti olha!

Gabriella Leite
Enviado por Gabriella Leite em 01/12/2009
Reeditado em 02/12/2009
Código do texto: T1954842
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