Minha Jasmin-manga

Minha Jasmin-manga perfumada.

Branca nas faces (mas um tanto corada),

Amarela no âmago (alegria amarelada).

Minha Jasmin-manga, perfeita e ensolarada.

Que escondes no amarelado

De ti mesma, ao fundo?

Acaso amas teu namorado,

Ou esnobas por prazer este vagabundo?

És tu, Jasmin-manga, que me faz

Sentir feliz em meio ao verde jardim.

É teu perfume que me traz

A plenitude que não traz outra jasmin.

Jasmin-manga, tão branca e tão loura és!

Teu olhar reflete o azul do céu.

Quando os contemplo, perco o chão sob os pés,

Quando te vejo me sinto um reles réu.

Ah, como queria te colher

Numa tarde quente de verão

E, então, te levar pra ver

O que há além do quarteirão.

Ah, teu perfume me enlouquece

- e também me enjoa, minha flor -

Ele é tão doce que parece

O cheito do sol a se pôr.

Ah, Jasmin-manga, por que és tão cruel?

Tua beleza muito engana, sabe?

És linda, singela e doce como o mel,

Mas tens uma frieza que não lhe cabe.

Como podes ser tão fria, se és tropical?

Aí é onde está em ti o que me fascina!

Até que ponto és o encontro de bem e mal?

Ah, Jasmin-manga que me alucina!

Se lhe falo duramente, minha flor,

É porque me fizeste assim!

Escondendo-se tão alto, rejeitaste meu amor,

Mas eu sabia o que viria por fim.

E então, Jasmin-manga, quando enfim

Chegar o inverno e cairdes de tamanha altura,

Te pegarei do chão para mim

E verás quão valiosa é a doçura.

Quando chegar o tempo certo,

Tu serás minha e eu serei teu.

E estaremos, Jasmin-manga, muito perto

Do passado que se esqueceu.

William G. Sampaio [6/11/09]

William G Gardel
Enviado por William G Gardel em 01/12/2009
Código do texto: T1954656
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.