Sempre!... Sempre.
Nada se moveu pelos caminhos,
Nem mesmo os ramos da estrada
Que viram você passar.
Tudo foi silêncio,
Silêncio pelo pó
Seguro ao vento
Que quebrou seu penteado,
Que mexeu com meus nervos,
Que bagunçou meu coreto
Panteon ornamentado pelos anjos,
Que abandonaram oratórios
Que fugiram.
Também fizeram da estrada
A entrada para o céu
Que azul se fechou em cinza,
Cinzas que ficaram de saudade,
De cartas, retalhos queimados
Que apagaram um grande amor,
Amor que morre,
Percorre,
Renasce no tempo que se fez,
Que a ausência semeou,
Que floriu de solitude
Hoje sem o toque jovem
Na brancura dos cabelos,
Que quebram a monotonia
Faz-se em silencio,
Mais uma saudade...
Você, você, você,
Apenas uma semente que brota,
Há de florir, eternamente.