RECADO) AMOR RECENTE AINDA!

Há cinza no cinzeiro,

E o fogo não se apagou...

O amor NÃO te magoou,

Pois o amor é cavalheiro

Para acender a chama;

Para te aquecer no frio;

Para te deitar na cama;

Para buscar água no rio...

Distante o fogo na pega

E a cinza: - o vento leva...

Mas o amor nunca nega

Foi assim com Adão e Eva.

Sabe?... - a carne é pecadora -,

Por isso a vontade é prazerosa

Mas nossa alma é tal como a rosa:

Resiste ao espinho sem ser sofredora.

Tu hás de colher o bom fruto

De um grande amor abençoado...

Pois não se legitima o usufruto

Dum amor que não foi doado.

A nossa escrita será testemunha

Do nosso contagioso idilismo...

E nos versos que a gente compunha

Brilhará poucos sinais de altruísmo...

Todas as noites, um luar complacente

Cuidará de revelar aos novos poetas

Um poema nosso, que será reminiscente;

E nele lerão repetitivas palavras diletas...

Nay
Enviado por Nay em 01/12/2009
Código do texto: T1954251