NINGUÉM VIVE DE SOFRER
Recordo-me dos seus afagos
Exatos e deleitosos
Dos seus lábios tão singelos
Dos seus beijos maravilhosos
Do nosso encontro lingüístico
E casual de famélico prazer
N'outros corpos encontro artifícios
Em nenhum, consigo-a esquecer
Quero-a e de novo sentir
Os suaves toques das suas mãos
Maliciosas a seduzirem-me
À mais gostosa sensação
Desvendar os seus segredos
Conhecer todo o seu corpo
Tranqüiliza-la dos seus medos
E superá-los pouco a pouco
Eu não a sei esquecer
Dói demais a solidão
Ninguém vive só de sofrer
E tampouco sem emoção.