Testemunha
Consolei-me nas pragas mudas que teu olhar distendia
E deixei meu sangue congelar no frio do teu sorriso
As horas se consumiam inexplicáveis.
Do teu lado o tempo some,
como some a lua quando nasce o sol.
Eu penso em você, o tempo todo, em cada segundo.
Esse é o lugar do meu sonho, aqui, sem paradeiro
Estando do teu lado o tempo inteiro, enquanto morre o dia.
Enquanto calam-se as vozes, saram as feridas.
Imortalizado como as estátuas lapidadas na pedra
Meu coração está preso ao teu.
Na madeira cravados nossos nomes
Deixados pra trás na sombra da velha árvore
Que tristemente em suas folhas mortas e seus galhos secos
Ouviu nossas vozes se silenciarem no fogo fátuo de um beijo.