Testemunha

Consolei-me nas pragas mudas que teu olhar distendia

E deixei meu sangue congelar no frio do teu sorriso

As horas se consumiam inexplicáveis.

Do teu lado o tempo some,

como some a lua quando nasce o sol.

Eu penso em você, o tempo todo, em cada segundo.

Esse é o lugar do meu sonho, aqui, sem paradeiro

Estando do teu lado o tempo inteiro, enquanto morre o dia.

Enquanto calam-se as vozes, saram as feridas.

Imortalizado como as estátuas lapidadas na pedra

Meu coração está preso ao teu.

Na madeira cravados nossos nomes

Deixados pra trás na sombra da velha árvore

Que tristemente em suas folhas mortas e seus galhos secos

Ouviu nossas vozes se silenciarem no fogo fátuo de um beijo.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 29/11/2009
Código do texto: T1951463