O Mago e a Bailarina
Dor tangente; não passa.
Cálidos pés, bailarina.
Sutil sorriso, ausente graça.
Máscaras anil, fatídica neblina.
Fitar melancólico, portais tão calados.
Bailando em odes que leves sussurram...
As rimas errantes destes versos alados.
Encontrando o amor, onde menos os procuram.
Rituais fantasias, longe soam as sonatas.
Arqueando em palpites o matreiro amor...
Saltitante e veloz, indolores maltratas.
A razão alquimista, doura o mar trovador.
Cantarolas feitiços; cambaleias magias.
Juras ternas, amores, eis de ti – cavaleiro fiel.
Engenhos escusos, sois tu mago dos dias...
Tinges-me a alma, paralelo infinito entre terra e céu.