Tango das Águas
Paira no ar,
Retalhos de um poema prosaico
Intuído em pleno oceano sob o crepúsculo
Alumiando a jangada solitária,
O osculo guardado no olhar cor de mel,
A sombra enfeitando a vela na sedução!
O primeiro verso
Reverbera, funde-se ao anoitecer
Sereno, límpido ato ao fado,
Gerado no corpo,
Nascido no luar!
A próxima estrofe,
Constrói-se contundente ao pranto
D’alma renascendo em cada entalhe
Esvoaçando entre murmúrios,
Ecléticos aos movimentos do coração!
Ilustra o corpo
O tango revelando-se nas águas
Verdes, cristalina a nota da toada,
Emergida na pele,
Extasiada no sentimento!
Auber Fioravante Júnior
28/11/2009
Porto Alegre - RS