VERSOS-REDE

Deito-me, calma, nos seus versos-rede

Que a brisa suave, com graça, embala

Tentando inutilmente saciar minha sede

Pois, a cada balanço, minh'alma se cala

Emudecida pela emoção do momento

Em que sinto cada letra sua me invadir

Com toques suaves e sem fingimento

Enredando corpo e mente, a me seduzir

Minha boca, já aberta, seus versos pede

E, embolada em sua rede, perco a calma

Por um breve momento, brisa suave cede:

Os seus versos-rede adentram minh'alma

(Lena Ferreira)