Algo rarefeito
Cinco desejos na mão do tempo:
um tão amargo manjar e um tão doce veneno,
o que o meu coração traga amando
e no olhar se perde tendo
feito um louco amor renascendo.
Ó ave rara, empenho da vida,
o que faço contente e por ti consentido,
algo que nunca me deixa só?
A vida é uma constelação de imagens,
personagem feliz que vive para o mito
onde nem tudo acaba mas rápido foge,
na descrença de um instante lívido.
Pus no tempo os desejos da mão,
lavei o coração e refiz o olhar,
para aprender a sorrir e reaprender a amar.