MINHA LUA

Quantas noites
foste minha lua?
Quantas noites desfilaste
no céu da minha rua?
Quantas noites, nua,
deitaste em minha mente?
Quantas noites, enfim,
levaste a construir em mim
este ser dependente
que não vive, não sente,
se nele não vive
sempre latente
a terna magia
de ter-te eternamente
pelo doce presente 
de minha fantasia?
Não, não responder.
Eu o faço por ti.
Minha musa hás de ser
em todas as noite
que hão de vir.