Amor ciumento...
O ar estava quente,
amornando
meus
pensamentos
para que
pudesse
refletir
claramente
e no entanto
isso era
impossível
porque
agora ela só
queria
me dizer
que eu estava
em todas
e não estava
em nenhuma.
Ou seja ...eu
não estava
nem aí...
como se estar
num lugar
pudesse ser
simplesmente
estar
mais que ficar.
Mas ela não
falava só
de estar,
mas de ficar
e seu ciúme
iniciava
logo esse
seu
entristecer
que a tarde
ensolarada
consumia
como se
tudo fosse
se perdendo
na linha do
horizonte
onde ela
desmanchava
seu olhar
inquieto,
cujo ciúme
não havia
ainda se
posto a
salvo do
breve
anoitecer...
Povoada de
desejos
ela ardia
como uma
pira grega
e no entanto
sua voz
emudecera
e seus dedos
estavam
indecisos no
que dizer
pois dúvidas
vinham voando
como aves
agouras
que sem rumo
batiam asas
em busca
de amplo
espaço
emocional
que não se
podia mais
encontrar...
Porque há
momentos
em que a
solidão
vem
sôfrega
querendo
ocupar um
espaço
onde antes
só a alegria
trazia seus
encantos
e vinha
cobrir de
flores um
jardim
abandonado
onde florir
era o mesmo
que nada
sentir...
Ah jardim
de sonhos
de flores tão
variadas...
E quando
todos gostam
de rosas
ali mesmo
no meio delas
nasce um
miosótis
que se recolhe
à sua própria
sombra...
Porque sua
beleza é tanta
que pode
ofender
todo um jardim
feito de rosas
de variadas
rosas...
Não...nao quero
que me digas
essas tuas
palavras duras
como se estivesse
de espada na mão
e quisesse ser
a rainha de Sabá...
tirando de mim
e de nós dois
essa liberdade
que quer vê-la
reduzida a um
opúsculo
para que nem se
possa nele ler
as traquinagens
que teu ciúme
levanta
como se fosse
uma poeira
hodierna...
Hum...
pequenos opus,
poucas palavras,
e grandes verdades...
E lá de longe
um vento leva
e logo traz
teu perfume...
Feito de ciúme...
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Autor: Cássio Seagull
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Poesia que fiz em 26-11-09 às 16 h em SP
Lua crescente - sol - 28 graus.
Beijos e abraços para você...Boa sexta.... [love]
cseagull2@hotmail.com
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