(...)Amor...(...)
Sem qualquer nexo
De casualidade
Sem ponta
Que se veja
Ou que se sinta
De racionalidade
Estrela
Desabitada
Noite demasiado fria
Porque a olhamos
Observamos
O eco
Que lá habitou
E que no seu lugar vazio
O brilho da sua presença
E a saudade
Deixou
Sem princípio
Com meio
Mas sem fim
Que se possa escrever
Que se possa tocar
Pois por estranhos caminhos
Anda esse amar
Carros furtivos
Quartos de uma só noite
A presença de uma fuga
A realidade furtiva
Um sorriso desanimado
Por na hora “H”
Não se aperceber
Se se tem alguém
A seu lado…
A ignorância
De que o mesmo fogo
Que garante a imortalidade
São as mesmas chamas
Que consomem as almas avulsas
Órfãs
De uma desejada
Mas sempre adiada
Interioridade
Gestos de afectos
Que se perdem
“No tempo
como lágrimas na chuva”
Espírito inquebrantável
Que se recusa a ceder
Mesmo perante
A mais indescritível dor
Juntem estas palavras todas
Confiram-lhe um sentido
E saberão
Um pouco
O que poderá ser
(…)Amor…(…)