(...)Amor...(...)

Sem qualquer nexo

De casualidade

Sem ponta

Que se veja

Ou que se sinta

De racionalidade

Estrela

Desabitada

Noite demasiado fria

Porque a olhamos

Observamos

O eco

Que lá habitou

E que no seu lugar vazio

O brilho da sua presença

E a saudade

Deixou

Sem princípio

Com meio

Mas sem fim

Que se possa escrever

Que se possa tocar

Pois por estranhos caminhos

Anda esse amar

Carros furtivos

Quartos de uma só noite

A presença de uma fuga

A realidade furtiva

Um sorriso desanimado

Por na hora “H”

Não se aperceber

Se se tem alguém

A seu lado…

A ignorância

De que o mesmo fogo

Que garante a imortalidade

São as mesmas chamas

Que consomem as almas avulsas

Órfãs

De uma desejada

Mas sempre adiada

Interioridade

Gestos de afectos

Que se perdem

“No tempo

como lágrimas na chuva”

Espírito inquebrantável

Que se recusa a ceder

Mesmo perante

A mais indescritível dor

Juntem estas palavras todas

Confiram-lhe um sentido

E saberão

Um pouco

O que poderá ser

(…)Amor…(…)

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 26/11/2009
Código do texto: T1945311
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.