O jardineiro
Solo úmido da chuva de ontem
A grama e seu verde vivo
Mãos delicadas que protegem com cuidado
A pequena flor que pede abrigo.
Esvai-se a maldade das tesouras
Que cortam e curam a flor
Como também se esvai as pétalas reluzentes
Que com amor o vento levou.
Nas tardes do dia a dia
Ele faz serenata em meio às demais flores
Canta sereno para acalmá-la
Pois ela se debatia defronte o medo
O medo de ninguém amá-la
Não tanto quanto ele a amava.
A luz do luar em meio a uivos
Ele se deita ao seu lado e admira as estrelas
E bem mansamente e sozinho
Ele diz que a ama
E delicadamente dá-lhe um beijo de carinho.
Nas madrugadas ele sonha livre
Com um amor diferente que o consumia
Era tão inconstante e impreterível
Que o sonho jamais acabara
Era o sonho de amor
Do jardineiro e a rosa Natália.
Para A minha flor, a minha rosa, o meu sonho realizado!!! Natália Aline de Andrade