A Voz do Amor

Queria eu saber cantar o amor

Ter voz maviosa e fina

Delicada como a pétala de uma flor

Macia como a pele de uma menina

Sei apenas tentar escrever versos

Que humildemente digito

Pensamentos soltos e submersos

No olhar que se perde no infinito

A voz que soa é desafinada

Sai estridente e fora do tom

Entristecida e desanimada

Ecoando o pesaroso som

A voz que tenta cantar

É voz que ama com o coração

Pode a todo instante desafinar

Mas é toda movida pela emoção

Chora silenciosa com os sentimentos

Que os doces acordes musicais inspiram

Melodias românticas dos belos momentos

Paixões que os desejos suspiram

Não é voz que alguém possa apreciar

Nem se sentir tocado de algum jeito

Mas internamente é voz para embalar

As sensações sentidas no peito

Consola-me ao menos pensar saber transmitir

Mesmo que não possua a voz do amor

Poesias que revelam a emoção e o sentir

Do amor perdido e do amor que há de vir

Consola-me ao menos a poesia que desperta

Palavras mudas de amor no papel

Não preciso ter voz para brincar de poeta

Nem saber cantar para saudar o amor fiel