A PRINCESA MÁ
Menina malvada escolheu-me para ser sua cobaia;
Quando coloca aquela saia, confesso que me desmonta por inteiro;
Tropeço e cambaleio, me desnorteio, tento fugir da raia;
Afrodisíaca princesa maia, meus sentidos captam prazer no seu cheiro!
Do leite que mal debutou é flor sedutora de ardor já desabrochado;
Jeito faceiro e debochado no riso dissimulado que tanto me atiça;
Seu olhar me enfeitiça, seu conjunto me iça a um delírio inflamado;
Que me tem maltratado nesse jeito forjado de falsa noviça!
Ela faz coleção e eu tento não ser o seu novo troféu;
Mas tem gosto de mel e consegue jogar sua isca na minha fraqueza;
Com extrema destreza sua imensa beleza é mistura de inferno e céu;
E me obriga a ser réu, condenando meu corpo à sua fogueira!
Menina perversa que adora brincar e perambular na minha fantasia;
Provocava e fingia que nem percebia meu contido tormento;
O desejo não pede alento pela dona do andar que me traz euforia;
E a volúpia que apenas por vezes ardia agora lhe caça a todo o momento!
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