Guerreiro do amor
O holocausto chegou
A guerra agora é permanente
Enquanto os anjos usam harpas
Os demônios se fartam de fogo atroz.
A busca pelo poder sobre o mundo
Torna-se incessante e impertinente.
Cada suor derramado e lágrimas derradeiras
Fez do coração humano em trevas lícitas
A linguagem do incrédulo estrangeiro,
Que se desfalece em palavras ímpias
Por querer superar o superado, o medo.
Batalha em meio a pedras e lavas
Os inimigos são imortais impossíveis
Mas a esperança vem à tona, elegante
Vê-se a fortaleza em mármore branco, instigante
Sedutora e negligente, alma de lúcidas algemas alforriadas.
A conquista está próxima
O futuro de incertas certezas agora mortas
A primeira luta foi vencida
Mas a paz ainda não é rainha.
Ingrata paz que não me consome
Que não me atinge, é vento cessante.
Não há como conquistá-la sem dor
Pois sou o guerreiro eterno
Da guerra que é o amor.