Guerreiro do amor

O holocausto chegou

A guerra agora é permanente

Enquanto os anjos usam harpas

Os demônios se fartam de fogo atroz.

A busca pelo poder sobre o mundo

Torna-se incessante e impertinente.

Cada suor derramado e lágrimas derradeiras

Fez do coração humano em trevas lícitas

A linguagem do incrédulo estrangeiro,

Que se desfalece em palavras ímpias

Por querer superar o superado, o medo.

Batalha em meio a pedras e lavas

Os inimigos são imortais impossíveis

Mas a esperança vem à tona, elegante

Vê-se a fortaleza em mármore branco, instigante

Sedutora e negligente, alma de lúcidas algemas alforriadas.

A conquista está próxima

O futuro de incertas certezas agora mortas

A primeira luta foi vencida

Mas a paz ainda não é rainha.

Ingrata paz que não me consome

Que não me atinge, é vento cessante.

Não há como conquistá-la sem dor

Pois sou o guerreiro eterno

Da guerra que é o amor.

Luiz Aguinaldo
Enviado por Luiz Aguinaldo em 24/11/2009
Reeditado em 25/11/2009
Código do texto: T1941865
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