MEDICINA DECIMAL

Eu vi a cobra da suspeita atravessando as águas límpidas

aonde mulheres miram-se nos olhos enquanto cavalos frankenteinianos acendem as piras massísticas nas intimidades brindadas

- eu vi a cobra da suspeita atravessar as águas límpidas do lago

& sair moldando-se anjo masculino de tão condenado

pelo paudurismo dos preconceitos fêmeos & caboclos

Ei vi o anjo sair da cobra como de uma tenda

arrastando as asas deformadas pelo fogo

& senti o peso das lágrimas do Deus diluviando a saudade dos tempos em que o batuque algebriagante intumescia estrelas

de arrepios peludos perfumando a aurora

em plena ária da criação frenética

Eu vi os anjos caindo imprudências aonde as chamas azuladas

da matemática punitiva fechavam-se pelo zíper em máscaras

de escorpiões nestes anjos cujos sexos decepados

por vênus anabolizadas eram feitos conchas de um mar sibilante

de orgias compromissado com o teismo cujo rei

é um anjo ocupado demais em atingir o esgotamento

como macho de fêmeas desvinculadas do definitivo

porque as crias angelurbanas dos alucinalados com as centaurobruxas

queimam as asas cheirando a cola do agigantamento bestial

aonde a esbórnia é a medicina decimal