O vento escreve (Gabidela sempre sorrindo - Às margens do Rio Piedra)
Quando em sobressaltos queria certamente
Aquele abraço apertado sem que esperasse
Nem mesmo que palavras houvessem
Verdadeiras lembranças de um tempo que ficou
E certamente irá voltar
A sobrevivência está em acreditar nas virtudes
Dessa consciência esperada e planejada
Ao certo seria sempre pertencente
A esse mar de confidências escondidas
Sentidas e não mais faladas
E o que há de diferente nisso?
Apenas o silêncio sendo mais que a lua
Nesse frio que mergulha nas entranhas
Até alcançar de todo
A saudade que volta e meia reaparece
Mas há um sentido muito lindo nessa flor
Que permanecerá na memória sorrindo
Sendo e sendo e sendo e sendo e vivendo
Mesmo que o destino e os Deuses
Tenham tratado de levar-lhe para um outro plano
O livro ainda vivi junto com você em mim
Quando me esqueço de nem mesmo lembrar
Que não há nada passageiro
E que as marcas do tempo tratarão
De arrumar aquilo que o vento soprou para longe