Eleita
Eleita
Eu nunca desisti de construir castelos na areia
Nem de ficar tentando ouvir o canto da sereia
O vento me sussurrou que você iria chegar
E a partir desse encontro, tudo iria mudar.
Já começo a ouvir ao longe seus passos
Os obsoletos nós se desfazem nos laços
Surge um inebriante perfume no ar
O almiscarado e doce aroma de amar.
A antiga aquarela ganha novas cores
Os desertos áridos se enchem de flores
O exaustivo tom pastel vira verde esperança
As ondas lambem a areia numa sensual dança.
As peças se encaixam e a vida ganha sentido
Desaparecem os limites e o conceito de proibido
Começo a entender o meu verdadeiro papel
Abrem-se as cortinas e retira-se o véu.
Eu sempre te esperei, como uma pedra calada
No meio de tudo e em meio a absolutamente nada
Vendo a vida passar ao redor como um filme qualquer
Sem a menor graça ou valor após a sua premier.
Você, apenas você é o encaixe perfeito
É o nome gravado a sangue no meu peito
É a minha mulher mais que perfeita
Em qualquer situação a única eleita.
Não tenha pressa, escolha seu momento
Busque compreender cada sentimento
Se for preciso te espero o tempo que for
Pois só com você sei o que é amor.
Os deuses nos deram a eternidade
Para juntos vivenciarmos a felicidade
Num castelo, numa gruta ou ao léu
Com você será uma eterna lua de mel.
Leonardo Andrade