Busca Incessante

Dois olhares que se cruzam

Como flechas fumegantes

São chamas que se destinam

Ao coração dos amantes.

E quando eles percebem

Já formam um belo casal;

E em pouco tempo se unem

No enlace conjugal.

Mas o tempo a teia tece;

Anos partilhando a cama,

Vendo o ocaso da chama...

E eles já não se conhecem.

Cada um vai para um canto,

Jurando nenhum rancor;

Sem mágoa, sem dor, sem pranto

Em busca de um novo Amor.

E assim vive a humanidade

No seu mundo irreal;

Sofre, chora, vislumbra a Eternidade

Em busca de algo ideal.