DIVAGANTE
No coração o acre vinho de tristezas,
faz-se chegar a esta hora lenta.
No silêncio o abandono da pureza,
o sonho do amor atormenta.
Piedosa amargura lamenta,
ao som da viola... Solidão.
Os desejos fomenta,
em angústia o perdão.
No silêncio do sonho, corpos unidos.
Quando no ombro da amada,
em relances de visões contidos,
beijos, suspiros, alma machucada.
E no céu a lua ainda alimenta,
o amor em várias formas.
Seu brilho clareando acalenta,
um amor, sem regras, sem normas.
(Paulo Silvoski)